Cibercrime é discutido em evento realizado pela Celepar 23/11/2015 - 20:12

O evento "Tecnologia e Dignidade Humana", realizado na última quarta-feira (18) na Celepar e organizado pela Comissão Interna de Previsão de Acidentes (CIPA) em parceria com o Programa Qualidade de Vida, propôs uma reflexão sobre a dependência tecnológica e os impactos na saúde física e mental dos usuários de tecnologia de informação e comunicação, além da segurança. As palestras ministradas pelo delegado do Núcleo de Combate aos Cibercrimes (Nuciber) e pela presidente do Instituto Tecnologia e Dignidade Humana integram a programação de aniversário da Celepar, que comemora 51 anos na próxima terça-feira (24).

A Nuciber, que este mês completou 10 anos, tem uma estatística de 93% dos casos denunciados resolvidos e o delegado Demétrius Gonzaga de Oliveira reforça a importância de procurar as delegacias de combate ao cibercrime sempre que alguma ocorrência da área ocorrer. "É muito importante que as pessoas prestem atenção ao uso da internet e tecnologias, porque existem muitas situações que saem do controle e acabam afetando a vida pessoal do usuário e também de terceiros", ressalta Oliveira.

E de acordo com a presidente do Instituto Tecnologia e Dignidade Humana, Cineiva Campoli Paulino Tono, o cibercrime pode estar muitas vezes ligado à dependência das pessoas ao uso da internet e outras tecnologias. Por isso, como explica Cineiva, é de extrema importância usar moderadamente. No caso de crianças, é necessário que sempre haja controle por parte dos responsáveis para evitar que elas se exponham demais e fiquem vulneráveis a situações de risco. "A desintoxicação da internet chega a ser similar às dependências de algumas drogas psicotrópicas", explica Cineiva.

A CIPA e o Programa de Qualidade de Vida, de acordo com o presidente da comissão, Reginaldo Rogério dos Santos, buscam trabalhar em conjunto para trazer assuntos voltados para prevenção e promoção da saúde do trabalhador dos celeparianos. "O tema tem a proposta de iniciar uma reflexão sobre a crescente utilização e impactos negativos das tecnologias em nosso dia a dia, principalmente das tecnologias móveis", assegura dos Santos.

Para Isis de Fátima Biscaia, coordenadora do Programa de Qualidade de Vida, o propósito desse trabalho é alertar sobre os comportamentos adotados em relação ao uso da tecnologia, tanto na família como no ambiente de trabalho. "Há questões que no dia a dia já não nos incomodam e passam a ser naturais, porém têm consequências bastante danosas. Assim, buscamos propiciar a reflexão para adoção de comportamentos e atitudes positivas e seguras", afirma.

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