Entenda o papel da tecnologia para ajudar o Paraná a alcançar o status de terra livre de febre aftosa e ser líder do país na exportação de proteína animal

Soluções da Celepar facilitam o monitoramento de transporte de animais e agilizam o cadastro de rebanho
Publicação
14/04/2023 - 15:22
Editoria

A tecnologia tem um papel fundamental no monitoramento e também na simplificação de processos para assegurar a qualidade da carne no Estado. O uso de diversas soluções desenvolvidas pela Celepar para o agronegócio ajudou o Paraná a ser líder do país na exportação de proteína animal e obter a certificação de território livre de febre aftosa.

Um exemplo é o Sistema do Produtor, em que tanto a Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), quanto os produtores, realizam a comprovação de rebanhos nas propriedades pecuárias, inclusive, um processo necessário anualmente é o recadastramento de rebanhos, algo facilitado pelo aplicativo Paraná Agro, desenvolvido recentemente pela Celepar.

Dentre os serviços disponíveis no app também estão o acompanhamento diário em tempo real da cotação do mercado agrícola, previsão do tempo e também a cotação do dólar. É possível consultar de forma simples e fácil estatísticas da produção agropecuária, bem como o histórico do valor bruto de produção e preço das terras dos municípios paranaenses.

Outra contribuição vem do Sistema de Defesa Sanitária Animal (SDSA), que possui mais de 20 anos de existência. Um dos seus principais serviços utilizados é o Guia de Trânsito Animal (GTA), documento obrigatório para o transporte de animais. Com ela, os fiscais da defesa agropecuária podem acompanhar a movimentação de rebanhos para evitar que doenças sejam transmitidas de um lugar para outro.

“A tecnologia é uma grande aliada para simplificar processos e ajudar na gestão da administração pública e também de produtores em nosso Estado, com soluções de referência no ramo do agro, o Paraná se tornou território livre da febre aftosa e ajudou o Estado a ser líder de exportação de proteína animal no país”, celebrou o CEO da Celepar, Gustavo Garbosa.

“Atualmente, a tecnologia é fundamental em todas as etapas da produção, transporte e comercialização de produtos vegetais e animais. No caso dos animais, com o status de livre de febre aftosa sem vacinação, precisávamos de algum sistema que nos desse conhecimento do tamanho e da mobilidade do rebanho. Optamos por um cadastro em vez de chips nas orelhas dos animais, que seria um gasto a mais para o produtor. Ainda mantemos a possibilidade de o cadastro ser feito de forma presencial, mas é cada vez mais importante os meios eletrônicos e digitais, como o aplicativo Paraná Agro, desenvolvido pela Celepar, que, entre outras funções, tem sido usado para esse trabalho”, explicou o secretário da agricultura e do abastecimento, Norberto Ortigara.

Conquistas

O uso da tecnologia para simplificar, desburocratizar e facilitar processos de produtores e gestores da agricultura ajudou o Estado a obter a certificação de território livre de febre aftosa, o que, por consequência, traz inúmeros benefícios para a exportação da proteína animal, inclusive, sendo o campeão nacional neste quesito.

Dados obtidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a tendência de crescimento do setor no Paraná. No último ano, o Estado registrou aumento expressivo no abate de frangos, segmento em que é líder disparado entre os estados e representa mais de ⅓ da produção nacional, além de ocupar a vice-liderança na produção de carne suína, leite e ovos e de ter ampliado a produção de couro.

Vale lembrar que o Estado também é líder na produção de peixes de cultivo, em especial a tilápia, com 188 mil toneladas em 2021, confirmando ainda mais a liderança nacional nesse segmento, no qual tem participação de 22%. O crescimento foi de 9,3% em relação a 2020. O levantamento é da Associação Brasileira de Piscicultura (PeixeBR), que congrega produtores, empresas da cadeia produtiva e entidades de classe.

O status de território livre de febre aftosa ajudou o Frigorífico Astra, em Cruzeiro do Oeste, na região Noroeste, um dos maiores do Paraná, a conseguir habilitação para exportação de carne bovina para a Indonésia e a China. Desta forma, a empresa amplia a potencialidade de envio de sua produção para o exterior, tendo em vista que já exporta para vários países da América Latina, União Europeia, e Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos e Israel, entre outros.