Sistema de identificação biométrica desenvolvido pela Celepar garante cumprimento de 16 mandados de prisão em estádio de futebol

O sistema de identificação biométrica desenvolvido pela Celepar implantado no estádio Joaquim Américo Guimarães, do Clube Atlético Paranaense, já possibilitou o cumprimento de 16 mandados de prisão.
Publicação
20/11/2018 - 10:38
Editoria

O sistema de identificação biométrica desenvolvido pela Celepar implantado no estádio Joaquim Américo Guimarães, do Clube Atlético Paranaense, já possibilitou o cumprimento de 16 mandados de prisão.

O estádio atleticano é o único do país que exige cadastro biométrico para os torcedores em todos os setores. Implantada em 2015 inicialmente no setor Buenos Aires Inferior, a biometria foi estendida para todo o estádio em setembro de 2017.

Além de impedir o acesso de pessoas com mandados de prisão, a solução também ajuda a prevenir ocorrências e punir infrações cometidas dentro do estádio. A identificação biométrica associada ao moderno sistema de monitoramento, que conta com 130 câmeras de alta resolução, traz segurança e combate a impunidade.

“A eficiência no controle de acessos em nosso estádio, através da biometria, está cada vez mais consolidada. Isso é muito importante para o torcedor de bem que vem ao estádio com sua família e amigos. Ele pode ter a certeza de que ninguém ficará impune. Todo acesso às arquibancadas é registrado pela nossa central de monitoramento e pela leitura biométrica nas catracas. Ou seja, se ocorrer algo de errado, o responsável (já identificado) será encontrado”, diz o coordenador de segurança do Atlético Paranaense, Ronildo Finger Barbosa.

De acordo com Vinicius Grein, diretor de inovação e tecnologia do Clube Atlético Paranaense, o clube, com sua postura vanguardista, saiu na frente nesta corrida junto com a Celepar e já vem colhendo os frutos, afastando do seu estádio pessoas que são procuradas pela polícia, mas também recebendo a visita de várias empresas, clubes e órgãos públicos para entender o processo de biometria que já é considerado um sucesso.

“A parceria com a Celepar é fundamental para consolidar esta tecnologia e também pensar em otimizar, o mais importante é o estado do Paraná, que nesta iniciativa sai na frente em um tema que com certeza é uma das grandes ondas de tecnologia e segurança”, enalteceu Grein.

Ele lembrou ainda que a biometria é um tema de pesquisa mundial, uma vez que é utilizada em setores como segurança, pagamentos, bancos, pois o futuro e o presente se passam no uso desta tecnologia, inclusive com o desbloqueio de telas em smartphones.

Como funciona o sistema

O sistema funciona com um banco de dados interligado com o poder público, através de convênio firmado com o Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Secretaria de Segurança Pública (SESP), Instituto de Identificação do Paraná, Detran-PR e Celepar. Essa integração permite que o cadastro biométrico realizado pelo público seja confrontado com a base desses órgãos, o que permite a identificação de pessoas com mandados de prisão em aberto.

O cumprimento dos mandados através da biometria começou em maio de 2018, quando o sistema foi definitivamente integrado ao banco de dados do TJ-PR. O primeiro jogo em que foram efetuadas prisões de criminosos que tentaram entrar no estádio foi contra o Atlético Mineiro, no dia 13 de maio. Na ocasião, quatro mandados foram cumpridos.

A ação inovadora do clube tem chamado a atenção de todo o país. “Vários setores da justiça e segurança pública, além de clubes de todo o país, têm como referência o nosso estádio e as visitas para conhecimento de nossa rotina estão cada vez mais frequentes. Não poderia ser diferente. O Clube foi pioneiro no Brasil e os números estão aí para evidenciar os resultados”, afirmou Ronildo Finger Barbosa.

Celepar

Como lembrou o assessor da Celepar, Marcus Isolani, a solução de biometria desenvolvida pela companhia “é capaz de realizar a confirmação de autenticidade do usuário através de confronto com informações biométricas das bases de dados oficiais do Governo do Estado, no caso do Clube Atlético Paranaense, as digitais dos torcedores”.

Isolani destacou ainda que a utilização do serviço de confronto biométrico, realizado por meio da Celepar, confere maior segurança aos sistemas de validação biométrica, pois vale-se do cadastro biométrico do Estado do Paraná, o qual se mantém através de sólidos critérios de confiabilidade”.

A equipe da Celepar envolvida no atendimento e implantação da solução é composta por Andrea Smaniotto, Evandro Kondrat, Jan Pereira, Jean Sales e Marcus Isolani.

Fonte: Clube Atlético Paranaense