Uma história de trabalho, de respeito, de gratidão e de amor pela Celepar 28/11/2016 - 18:30

Ela dedicou os seus últimos 50 anos de vida à Celepar. Estamos falando da empregada com mais tempo de casa. Estamos falando de uma mulher de estatura pequena e de aparência frágil.

Porém, puro engano quem a vê assim, frágil. Na verdade, trata-se de uma mulher de personalidade forte, uma pessoa que sabe coordenar, que assume compromissos e responsabilidades com a certeza que vai cumpri-los.

Seu nome: Shiguemi Tsutiya, cuja história está diretamente ligada à própria história de crescimento da Celepar.

Filha de imigrantes japoneses, do seu Sagao e da dona Fukumi, a paulista Shiguemi nasceu em na cidade de Julio Mesquita e veio pra Curitiba com 11 anos de idade.

Aos 19, no dia 8 de fevereiro de 1966, ingressou no Celepar – Centro Eletrônico de Processamento de Dados do Paraná como perfuradora de cartões no Bull, “uma máquina barulhenta”. Na época, um dos serviços que ela executava era a folha de pagamento dos servidores públicos do Estado do Paraná.

Shiguemi entrou pra trabalhar seis horas, no turno da tarde, das 13h00 às 19h00. Depois, passou para supervisora de perfuração e quando houve a evolução da entrada de dados para a digitação, foi supervisora da digitação e supervisora do fechamento.

Na continuidade, Shiguemi passou a trabalhar oito horas por dia atuando em atividades de apoio técnico e administrativo na área de produção.

Hoje, ela é coordenadora da Divisão de Serviços Digitais (DIDIG).

Introspecta, mulher de poucas palavras e muita ação, Shiguemi não é de falar muito sobre si mesma. Mas, entre uma conversa e outra, ela foi deixando sua impressão sobre a Celepar, “sem dúvida nenhuma, é quase a minha primeira casa, onde me sinto muito bem. Aqui, procuro desempenhar minhas atividades e, principalmente, repassar conhecimentos adquiridos para quem precisar”.

Perguntada sobre o que mudou na empresa nestes 50 anos, foi enfática: “tudo. No passado os empregados vestiam a camisa da Celepar muito mais do que hoje. A gente se apegava mais à empresa. A Celepar era mais humana”.

Isso, segundo ela, talvez tenha a ver com a própria evolução da tecnologia, com a maneira como a nova geração vê a relação de trabalho. “Sei lá, o jeito das pessoas muda com o tempo”.

Por mais que não deixe transparecer, Shiguemi é sensível e emotiva. Chora, como chorou na homenagem, e chorou com a perda de amigos como Jarbas Pessoa de Oliveira e Rubens Cesar Macedo “que nos deixaram prematuramente. Isso me afetou muito”. A palavra que usou para melhor definir este sentimento de perda foi “saudade”.

Para quem ainda não sabe, Shiguemi é formada em administração de empresas pela FAE e, principalmente, uma doceira de mão cheia. “Nas horas de folga, de noite, de madrugada eu gosto de cozinhar, de ver coisas novas, assistir filmes, passar o tempo com a minha família, de criar bolos, de aperfeiçoar. Isso é uma terapia pra mim”. Perguntada sobre quais bolos a família mais gosta, ela afirmou: “Floresta Negra e Marta Rocha”.

Pelo próprio tempo de casa, uma pergunta se tornaria inevitável: aposentadoria? E sabe qual foi a resposta? “Enquanto tiver saúde e cabeça boa, tô ficando. Gosto do que faço. Gosto da Celepar”. E tem mais: “cada dia é um dia de aprendizagem, de aprender com o pessoal novo. A gente precisa evoluir, não pode ficar parada no tempo. Gosto de aprender”.

Com base na resposta anterior, é fácil perceber o sentimento de gratidão e de amor que esta mulher tem pela Celepar, “que me deu a oportunidade de crescer profissionalmente. A Celepar é minha vida, uma mãe que juntamente com seus componentes proporcionam qualidade de vida, com os benefícios de assistência médica, odontológica, enfim. Eu diria que é uma empresa de oportunidades. Sou fã de carteirinha da Celepar”.

E com a modéstia que lhe é peculiar, ela diz que se sente em casa. “Todos os dias ao longo destes 50 anos as pessoas me chamam pelo nome nos corredores, não me sinto um número e sim uma pessoa realizada”.

Em relação ao futuro, ela espera que a empresa continue tendo o reconhecimento por tudo aquilo de bom que fez e que continua fazendo para o desenvolvimento do Paraná. E de forma otimista, Shiguemi vislumbra uma Celepar conquistando ainda mais espaços no governo e junto ao cidadão paranaense.

Como já foi dito, Shiguemi é emotiva. Ela chora, e chorou no dia em que foi homenageada pela empresa, na quinta-feira, 24 de novembro, quando das homenagens aos empregados que completaram anos de casa. Ela chorou pelo carinho que recebeu de cada celepariano, manifestado através das palmas merecidamente dirigidas à ela. E foram muitas, muitas mesmo. E quem estava perto, não conseguiu ficar insensível, também se emocionou.

“Não esperava tantas homenagens. Nem sei se mereci tudo isso. Todos tiveram muita consideração por mim. Estes acontecimentos fortalecem ainda mais a minha gratidão, o meu gostar e o meu amor pela Celepar”.

Shiguemi recebeu das mãos do presidente Jacson Carvalho Leite um vaso de flores. “Esta é uma homenagem singela, repleta de profunda admiração e de pleno carinho de todos os empregados e da diretoria para com ela. Shiguemi representa o idealismo, o sonho e o acreditar num projeto de vida. Pelas suas ações e pelo seu dia a dia, Shiguemi transmite o seu intenso amor pelo que faz, o seu intenso amor pela Celepar”, destacou ele.

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