Uso responsável da internet por crianças e adolescentes é tema de audiência pública na Assembleia 17/05/2016 - 18:20
Promover políticas públicas para o uso responsável da internet e das tecnologias por crianças e adolescentes paranaenses. Este foi o tema central da audiência pública “Tecnologia e Dignidade Humana no Paraná”, promovida pela Mesa Executiva da Assembleia Legislativa do Paraná, conforme proposição do presidente Ademar Traiano (PSDB) e da Comissão de Educação da Casa, presidida pelo deputado Hussein Bakri (PSD), evento que contou com o apoio da Celepar.
“Esse é um tema recorrente e preocupante na nossa sociedade. São grandes as preocupações com que convivemos no dia a dia, com as mídias sociais e a internet. São ferramentas que propiciam facilidades, mas, por outro lado, é importante ter a consciência do perigo que elas também representam. Se não despertamos a consciência dos nossos jovens para alertar sobre essas preocupações, nós poderemos ter muitos dissabores pela frente”, afirmou Traiano.
“Essa questão das redes sociais vive numa linha tênue entre o que é bom e o que é perigoso. Nós, como representantes da sociedade no Legislativo, vamos trabalhar para que ações eficazes sejam colocadas em prática no nosso estado, para que as nossas crianças tenham um ambiente digital seguro para navegar”, ressaltou Bakri.
“Hoje a tecnologia é uma ferramenta que, se bem utilizada, ela é importante para o desenvolvimento da sociedade. Mas, ao mesmo tempo, ela pode ser uma ferramenta que pode encurtar distâncias para aquilo que não é bom. Esse é um assunto que, se não for tratado, pode causar danos no desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes”, afirmou o deputado licenciado e secretário de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos (Seju), Artagão Júnior (PSB), que é autor da Lei nº 18.572/2015, que institui o “Dia de Tecnologia e Dignidade Humana no Estado do Paraná”, a ser observado anualmente em 15 de maio.
Uso responsável
Durante a audiência, os participantes debateram maneiras de consolidar ações de proteção ao público jovem na era digital. A doutora em Tecnologia e Sociedade e fundadora do Instituto Tecnologia e Dignidade Humana, Cineiva Campoli Paulino Tono, falou sobre dependência tecnológica por parte de crianças e adolescentes e ressaltou que escolas e, principalmente, pais, precisam promover orientações sobre o uso responsável da internet e outras ferramentas tecnológicas.
“Muitos artigos científicos relacionam o uso compulsivo da internet à fragilidade familiar. Em pesquisa feita pelo Instituto em escolas públicas e particulares, com crianças entre 13 a 15 anos, vimos que esses jovens aprenderam a usar a internet sozinhos e que usam a internet de madrugada, para acessar conteúdos adultos. Nessa mesma pesquisa, esses mesmos estudantes afirmaram que para evitar a dependência tecnológica é preciso que os pais estimulem atividades fora do lar, incentivem a leitura e controlem mais o tempo de acesso à internet por parte dos filhos”, afirmou. “Não vemos outra instituição, senão a escola, capaz de chamar os pais para fazer isso, que é o que essas crianças e adolescentes pedem”, completou.
Celepar
Cineiva, em sua apresentação, parabenizou a Celepar pela parceria no levantamento de dados que levaram à discussão da audiência pública de hoje. “Desejo enaltecer o trabalho e empenho do presidente Jacson Carvalho Leite, bem como do empregado da companhia, Ataide Oliveira com seu projeto de Educação Digital, elaborado em conjunto com Júlio Bueno, ambos da Divisão de Gestão dos Núcleos Regionais (DINUC). “Não há outra instituição no país que tem feito o que a Celepar tem realizado, sem essa parceria, não estaríamos discutindo o tema desta audiência pública”, finalizou Cineiva Campoli.
O presidente Jacson Leite informou que a Celepar atua diretamente em todas as políticas públicas do Governo do Estado, por meio de soluções de tecnologia da informação e comunicação e, neste sentido, o grau de segurança da rede é item que merece atenção contínua de toda a equipe da companhia.
A empresa, como explicou, tem atuado na conscientização de vários segmentos da sociedade quanto ao uso da internet na formação de uma sociedade mais justa e humana. “Entre estes públicos, temos também realizado um grande trabalho junto às pessoas da terceira idade, uma vez que elas podem contribuir de forma efetiva, pela própria experiência de vida, na inserção de conteúdos positivos na rede mundial de computadores.”
A Celepar realizou a transmissão do evento via webcast.
Crimes
O delegado-chefe do Núcleo de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia, falou sobre os principais crimes praticados no ambiente virtual. Durante sua participação, Garcia também deu dicas de segurança na internet para pais e filhos. “Hoje vemos pessoas contarem suas vidas na rede. Contam onde estão, fazem check-in num restaurante e em outros lugares. Portanto, essa informação está disponível para o mundo. Logo, milhares de pessoas sabem que essa pessoa está fora de casa e por isso é possível roubá-la. Portanto, é preciso muito cuidado com o que se publica na internet”, ressaltou.
O delegado também afirmou que é muito importante que os pais monitorarem as atividades dos filhos no ambiente virtual. “Na internet é possível conversar, na verdade, com pessoas que se passam por outras em busca de interesses ilícitos, que tem potencial muito grande de ofender crianças e adolescentes”, apontou Garcia.
Consequências na saúde
A pediatra Luci Pfeiffer, doutora em Saúde da Criança e do Adolescente e coordenadora do Programa HC DEDICA (Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná), afirmou que o uso compulsivo da internet e outras tecnologias pode causar sérios danos à saúde mental e física das crianças e dos adolescentes. De acordo com a médica, problemas como sinais de hiperatividade, déficit de atenção e alterações alimentares são constantemente diagnosticados em jovens que abusam do uso do ambiente virtual. “Nós temos adolescentes que põem fraldas e consomem alimentos pastosos para que possam consumi-los em copos, para que não precisem sair do computador. São crianças que apresentam distúrbios no sono também e, por consequência, acabam indo mal na escola. Há danos físicos também como problemas de visão e de postura, sedentarismo. Enfim, é um problema real que precisa ser abordado pelo Estado”, alertou a pediatra.
Também participaram da audiência pública os deputados Paranhos (PSC), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Idoso (CRIAI); Pastor Edson Praczyk (PRB); Tiago Amaral (PSB); Alexandre Curi (PSB); Claudio Palozi (PSC); Evandro Araújo (PSC); Cantora Mara Lima (PSDB) e Cristina Silvestri (PPS); além de representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) e Tribunal de Contas do Estado do Paraná.
Fonte: ALEP
“Esse é um tema recorrente e preocupante na nossa sociedade. São grandes as preocupações com que convivemos no dia a dia, com as mídias sociais e a internet. São ferramentas que propiciam facilidades, mas, por outro lado, é importante ter a consciência do perigo que elas também representam. Se não despertamos a consciência dos nossos jovens para alertar sobre essas preocupações, nós poderemos ter muitos dissabores pela frente”, afirmou Traiano.
“Essa questão das redes sociais vive numa linha tênue entre o que é bom e o que é perigoso. Nós, como representantes da sociedade no Legislativo, vamos trabalhar para que ações eficazes sejam colocadas em prática no nosso estado, para que as nossas crianças tenham um ambiente digital seguro para navegar”, ressaltou Bakri.
“Hoje a tecnologia é uma ferramenta que, se bem utilizada, ela é importante para o desenvolvimento da sociedade. Mas, ao mesmo tempo, ela pode ser uma ferramenta que pode encurtar distâncias para aquilo que não é bom. Esse é um assunto que, se não for tratado, pode causar danos no desenvolvimento das nossas crianças e adolescentes”, afirmou o deputado licenciado e secretário de Estado da Justiça, Trabalho e Direitos Humanos (Seju), Artagão Júnior (PSB), que é autor da Lei nº 18.572/2015, que institui o “Dia de Tecnologia e Dignidade Humana no Estado do Paraná”, a ser observado anualmente em 15 de maio.
Uso responsável
Durante a audiência, os participantes debateram maneiras de consolidar ações de proteção ao público jovem na era digital. A doutora em Tecnologia e Sociedade e fundadora do Instituto Tecnologia e Dignidade Humana, Cineiva Campoli Paulino Tono, falou sobre dependência tecnológica por parte de crianças e adolescentes e ressaltou que escolas e, principalmente, pais, precisam promover orientações sobre o uso responsável da internet e outras ferramentas tecnológicas.
“Muitos artigos científicos relacionam o uso compulsivo da internet à fragilidade familiar. Em pesquisa feita pelo Instituto em escolas públicas e particulares, com crianças entre 13 a 15 anos, vimos que esses jovens aprenderam a usar a internet sozinhos e que usam a internet de madrugada, para acessar conteúdos adultos. Nessa mesma pesquisa, esses mesmos estudantes afirmaram que para evitar a dependência tecnológica é preciso que os pais estimulem atividades fora do lar, incentivem a leitura e controlem mais o tempo de acesso à internet por parte dos filhos”, afirmou. “Não vemos outra instituição, senão a escola, capaz de chamar os pais para fazer isso, que é o que essas crianças e adolescentes pedem”, completou.
Celepar
Cineiva, em sua apresentação, parabenizou a Celepar pela parceria no levantamento de dados que levaram à discussão da audiência pública de hoje. “Desejo enaltecer o trabalho e empenho do presidente Jacson Carvalho Leite, bem como do empregado da companhia, Ataide Oliveira com seu projeto de Educação Digital, elaborado em conjunto com Júlio Bueno, ambos da Divisão de Gestão dos Núcleos Regionais (DINUC). “Não há outra instituição no país que tem feito o que a Celepar tem realizado, sem essa parceria, não estaríamos discutindo o tema desta audiência pública”, finalizou Cineiva Campoli.
O presidente Jacson Leite informou que a Celepar atua diretamente em todas as políticas públicas do Governo do Estado, por meio de soluções de tecnologia da informação e comunicação e, neste sentido, o grau de segurança da rede é item que merece atenção contínua de toda a equipe da companhia.
A empresa, como explicou, tem atuado na conscientização de vários segmentos da sociedade quanto ao uso da internet na formação de uma sociedade mais justa e humana. “Entre estes públicos, temos também realizado um grande trabalho junto às pessoas da terceira idade, uma vez que elas podem contribuir de forma efetiva, pela própria experiência de vida, na inserção de conteúdos positivos na rede mundial de computadores.”
A Celepar realizou a transmissão do evento via webcast.
Crimes
O delegado-chefe do Núcleo de Repressão aos Crimes Cibernéticos da Polícia Federal, Flúvio Cardinelle Oliveira Garcia, falou sobre os principais crimes praticados no ambiente virtual. Durante sua participação, Garcia também deu dicas de segurança na internet para pais e filhos. “Hoje vemos pessoas contarem suas vidas na rede. Contam onde estão, fazem check-in num restaurante e em outros lugares. Portanto, essa informação está disponível para o mundo. Logo, milhares de pessoas sabem que essa pessoa está fora de casa e por isso é possível roubá-la. Portanto, é preciso muito cuidado com o que se publica na internet”, ressaltou.
O delegado também afirmou que é muito importante que os pais monitorarem as atividades dos filhos no ambiente virtual. “Na internet é possível conversar, na verdade, com pessoas que se passam por outras em busca de interesses ilícitos, que tem potencial muito grande de ofender crianças e adolescentes”, apontou Garcia.
Consequências na saúde
A pediatra Luci Pfeiffer, doutora em Saúde da Criança e do Adolescente e coordenadora do Programa HC DEDICA (Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná), afirmou que o uso compulsivo da internet e outras tecnologias pode causar sérios danos à saúde mental e física das crianças e dos adolescentes. De acordo com a médica, problemas como sinais de hiperatividade, déficit de atenção e alterações alimentares são constantemente diagnosticados em jovens que abusam do uso do ambiente virtual. “Nós temos adolescentes que põem fraldas e consomem alimentos pastosos para que possam consumi-los em copos, para que não precisem sair do computador. São crianças que apresentam distúrbios no sono também e, por consequência, acabam indo mal na escola. Há danos físicos também como problemas de visão e de postura, sedentarismo. Enfim, é um problema real que precisa ser abordado pelo Estado”, alertou a pediatra.
Também participaram da audiência pública os deputados Paranhos (PSC), presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Idoso (CRIAI); Pastor Edson Praczyk (PRB); Tiago Amaral (PSB); Alexandre Curi (PSB); Claudio Palozi (PSC); Evandro Araújo (PSC); Cantora Mara Lima (PSDB) e Cristina Silvestri (PPS); além de representantes da Polícia Civil, Polícia Militar, Secretaria de Estado da Educação do Paraná, Companhia de Tecnologia da Informação e Comunicação do Paraná (Celepar) e Tribunal de Contas do Estado do Paraná.
Fonte: ALEP